segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Andreazza é condenado a pagar R$ 100 mil por piada racista

Andreazza é condenado a pagar R$ 100 mil por piada racista, em Caxias do Sul
Aposentado teria perguntado à operadora de caixa "qual a diferença entre uma negra barriguda e um fusquinha"
O aposentado Orlando Andreazza, 80 anos, fundador da rede de supermercados Andreazza, foi condenado pela Justiça do Trabalho a pagar R$ 100 mil de indenização pelo dano moral à operadora de caixa Queren Pereira de Souza Oliveira, 23 anos. Em abril passado, quando ela estava grávida, Andreazza teria perguntado a ela "a diferença entre uma negra barriguda e um fusquinha quebrado na esquina", seguida da resposta "ambos estão esperando um macaco".
O juiz do Trabalho André Ibaños Pereira sentenciou:
— Ressalto que tal conduta de Orlando Andreazza merece exemplar punição por parte do Judiciário trabalhista não apenas pela ofensa sofrida pela demandante, mas também porque atinge a coletividade caxiense.
No mesmo processo, Andreazza foi condenado a pagar outros R$ 10 mil de direitos trabalhistas. O caso também está sendo tratado pelo Ministério Público, que avalia se houve crime de injúria discriminatória. Andreazza foi procurado pelo Pioneiro, mas preferiu não se manifestar. O aposentado poderá recorrer da decisão da Justiça do Trabalho.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

COTAS E A CISÃO RACIAL NO BRASIL

sex, 02/12/11 por yvonnemaggie
 
O Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC) promoveu neste mês de novembro um seminário para discutir a política de cotas raciais. A ministra, Luiza Barrios, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), foi convidada a fazer uma palestra de 30 minutos, seguida de debate com os demais membros da mesa: a procuradora do Distrito Federal e mestre em direito pela UnB, Roberta Fragoso; o antropólogo e pós-doutorando da Faperj no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, Fabiano Dias Monteiro, e o professor titular do departamento de sociologia da USP, Antônio Sérgio Alfredo Guimarães. O presidente Fernando Henrique abriu os trabalhos e fechou o seminário. Infelizmente não estive presente, por motivos alheios à minha vontade.
A imprensa e diversos meios eletrônicos noticiaram o evento e meu relato se baseia nas notícias por eles veiculadas. O seminário se concentrou nos debates sobre as estratégias de enfrentamento do racismo e em como resolver a questão da “raça” como fator decisivo nas políticas públicas.
A ministra Luiza Barrios expressou a posição da Seppir sobre a importância das ações afirmativas com base na raça não só no ensino superior, mas também no mercado de trabalho.
A procuradora Roberta Fragoso fez um discurso emocionado contra as políticas com base na “raça” que dividirão a nação em brancos e negros alertando para o fato de o Estado não poder obrigar ninguém a se classificar por uma ou outra categoria, por ser uma questão de foro íntimo.
O sociólogo Antonio Sérgio Alfredo Guimarães reafirmou que apesar de a categoria “raça” não ter a menor validade científica, é frequentemente acionada em termos ideológicos e políticos, dando origem à discriminação e à desigualdade e, por isto, deve ser vista como categoria sociológica.
O antropólogo Fabiano Dias Monteiro afirmou que a política de cotas ainda está sendo testada e é cedo para dizer se produzirá ou não a cisão racial. Segundo Fabiano, sendo o objetivo destas políticas a produção da categoria jurídica do “negro”, uma das consequências já palpáveis é a diminuição da criminalização do racismo em nome do combate ao “racismo estrutural”. Muitos programas de combate ao racismo foram extintos, como o Disque Racismo do Rio de Janeiro. Este é o argumento central da sua tese de doutorado que em breve sairá em livro.
O presidente Fernando Henrique afirmou acreditar ser difícil aplicar tais políticas de cotas por sermos um país em que ninguém sabe direito de que cor ou raça é. Disse que acha inadmissível a existência de tribunais raciais.
Concordo com o presidente. Os tribunais raciais são inaceitáveis porque são constitutivos desta política e não de sua má aplicação. Embora, até hoje, na maioria das leis promulgadas, a cor ou a “raça” sejam definidas por autoclassificação, em todas elas, o cidadão deve se autodeclarar “negro” ou “índio”, sob as penas da lei. Ou seja, o Estado pode julgar se houve má-fé, mentira, e pode punir. O Estado é o detentor da verdade sobre a autodefinição de cor ou “raça”. Ao contrário dos levantamentos censitários em que o indivíduo, embora obrigado a se definir de acordo com os cinco quesitos de cor: branco, preto, pardo, amarelo e indígena (não existem as opções – não quis responder ou não sabe), não está sujeito às penas da lei caso se declare preto sem o ser.
Isto não acontece no que se refere às leis de cotas raciais ou àquelas emanadas do legislativo – no estatuto da igualdade racial, nos concursos públicos em alguns estados, e para o acesso ao ensino superior em outros – onde há reservas de vagas para negros e índios. Nestas, fica-se sujeito a um julgamento. Ao se classificar para um concurso, um indivíduo de pele clara, que tenha uma avó um bisavô negros, ao se declarar negro poderá ter sua “confissão” posta em questão e ainda ser levado às barras do tribunal.
Os tribunais raciais, como a violência física contra as mulheres, não são um epifenômeno, são, de fato, intrínsecos às relações estruturais, às políticas com base na “raça” e às relações de poder entre homens e mulheres. Se o movimento feminista obteve enorme sucesso em convencer muita gente, inclusive legisladores, de que a violência contra a mulher é inadmissível, o mesmo parece não estar ocorrendo em relação aos tribunais raciais que se multiplicam.
Dizer-se contra os tribunais raciais é dizer-se contra as políticas baseadas na “raça”, pois um e outro são constitutivos do mesmo sistema, sistema que pressupõe que os cidadãos precisam ser divididos, legalmente, em “raças” para fazer jus a direitos universais.

FONTE: http://g1.globo.com/platb/yvonnemaggie/

domingo, 26 de junho de 2011

Movimento Negro de Barbacena na Semana da UEMG 2011 – Parte III

Participe da Semana UEMG 2011

No espaço dedicado à Exposição "Motivos Afros",  traremos a Professora/Doutoranda Sheila Ferreira Miranda, para falar do seu livro, sua tese de mestrado: "IDENTIDADES DE AFRO-DESCENDENTES: Resistência e preconceito como motores de um processo em produção", que será oficialmente lançando no dia 22 de julho, no Inverno Cultural de São João del-Rei, às 19:00, no Centro Social e Cultural do Exército.


Dia 28/06/2011
PROGRAMAÇÃO CULTURAL DO INTERVALO DO DIA 28/06 Apresentação Musical: Banda de Música do 9º Batalhão de Polícia Militar - Tenente Caloi
Apresentação de dança: Ecola de Dança “Primeiros Passos” - Ana Paula Silva de Assis
Exposição: Motivs Afros - Valter Jr. Rodrigues Costa - 19:00h às 22:00h Local: UEMG/Barbacena. Av. Coronel José Máximo, 200 - São Sebastião - Barbacena - MG
Unidade / Campus / Curso:
Barbacena-Curso Pedagogia
Tipo de Atividade:
Mesa Redonda
Área(s) temática(s):
História Social - Direito
Título:
Inclusão do Negro no Mercado de Trabalho
Coordenador/a:
Nivaldo Paulino Teodoro; Marco Antônio Soares da Costa e Valter Jr. Rodrigues Costa
Público:
Estudantes universitários e interessados em geral. 40 vagas
Forma de inscrição do público:
Até dia 22 de junho - ficha de inscrição disponível no site da UEMG
Ementa ou objetivo:
Apresentação e discussão de dificuldades vividas pelo povo afro para alçar a postos de trabalho mais visíveis, a academia e outras áreas.
Local:
UEMG/Barbacena Av. Coronel José Máximo, 200 - São Sebastião - Barbacena - MG
Data:
28/06/2011
Horário e duração:
20:00h às 21:00h


Dia 29/06/2011
PROGRAMAÇÃO CULTURAL DO INTERVALO DO DIA 29/06 Apresentação Musical: Coral Madrigal de Barbacena - Prof. David Sad Filho
Exposição: Motivos Afros - Valter Jr. Rodrigues Costa - 19:00h às 22:00h Local: UEMG/Barbacena. Av. Coronel José Máximo, 200 - São Sebastião - Barbacena - MG

Unidade / Campus / Curso: Barbacena-Curso Pedagogia
Tipo de Atividade: Palestra
Área(s) temática(s): Direitos Humanos
Título: A Legislação Brasileira, o Estatuto da Desigualdade Racial e a não Discriminação de Religiões de Matriz Africana.
Coordenador/a: Nivaldo Paulino Teodoro; Marco Antônio Soares da Costa e Valter Jr. Rodrigues Costa
Público: Estudantes universitários e interessados em geral. 40 vagas
Forma de inscrição do público: Até dia 22 de junho - ficha de inscrição disponível no site da UEMG
Ementa ou objetivo: Religiões Africanas. Musicalidade. Discriminação. Legislação.
Local: UEMG/Barbacena Av. Coronel José Máximo, 200 - São Sebastião - Barbacena-MG
Data: 29/06/2011
Horário e duração: 20:00h às 21:00h

Programação completa da Semana UEMG no link: http://www.uemg.br/semanauemg/su_barb.html

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Movimento Negro de Barbacena na Semana UEMG 2011 – Parte II

O que é a Semana UEMG?

A Semana UEMG é um evento anual, de natureza extensionista e de divulgação da Universidade do Estado de Minas Gerais/UEMG, com sua primeira edição em 2011, aberto à participação da sociedade de modo geral, e mais pontualmente, de sua comunidade acadêmica, professores e estudantes da educação básica das regiões nas quais se situam as dez Unidades e/ou Campi da UEMG no Estado de Minas Gerais (Belo Horizonte, Barbacena, Frutal, João Monlevade, Leopoldina, Poços de Caldas e Ubá).

O evento pretende se constituir em um espaço de reflexões e debates sobre temas relevantes, colocando como eixo as iniciativas que expressam o comprometimento da UEMG com a transformação sócio-econômica, contribuindo para diminuir as desigualdades, em especial, das regiões onde está inserida.
Nesta sua primeira edição, a Semana UEMG apresenta um conjunto de atividades gratuitas, a maior parte concentrada entre os dias 27 e 30 de junho, que expressam um significativo engajamento de professores, estudantes e técnicos de suas dez Unidades acadêmicas, de instituições estaduais parceiras, de professores de outras universidades, de movimentos sociais e grupos da sociedade civil que se dispuseram a participar da construção e da divulgação da produção extensionista da UEMG.

Informações no link: http://www.uemg.br/semanauemg/su_barb.html

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Movimento Negro de Barbacena na Semana UEMG 2011 – Parte I

Como chegamos à UEMG?

No início de maio estivemos com as professoras: Wanderléia Paiva, Cláudia Bomtempo e Cíntia Lima, após nossa participação no Seminário Regional “Educação Infantil e Diversidade Étnico-Racial”, em Belo Horizonte, conforme matéria postada em 27 de abril.
 
E na oportunidade relatamos nosso encontro com o professor José Eustáquio de Brito, coordenador estadual do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Educação e Relações Étnico-Raciais da FaE-UEMG-CBH - NEPER. O intuito era saber como a UEMG tratava deste assunto na formação dos seus novos pedagogos. E ainda, saber o porquê da não existência deste núcleo em Barbacena.

A prosa foi longa e  extremamente agradável e produtiva. Ficamos entusiasmados com a receptividade por parte das professoras. O final do encontro ficou marcado por uma frase da professora Cíntia “a UEMG é um espaço público e nós é que deveríamos oferecer o espaço para vocês, não precisaria nem de pedir”. Oxalá todas as nossas reuniões rendessem frutos como estes.

Daí partiu o convite para participarmos da Semana da UEMG e ainda a possibilidade de trazer a Barbacena o professor José Eustáquio para, quem sabe, começar uma conversa sobre o NEPER.

terça-feira, 7 de junho de 2011

COTAS NO “TRIBUNAL”

Os alunos do Ensino Médio da Escola de Aplicação da UNIPAC, promoveram nesta terça, um “ júri simulado”, onde quem esteve sentado no “banco dos réus” foram as cotas raciais no ensino público. Obviamente, este tipo de discussão não seria levado a júri popular, num caso concreto, devido à peculiaridade deste tribunal.

Entretanto, a idéia da professora Vilmara ao propor esta temática, teve como intenção fomentar junto aos alunos um maior esclarecimento acerca das cotas e a modo mais criativo foi estabelecer um júri simulado.

Foi mais ou menos parecido com o que você vê nos filmes americanos. Debates acalorados entre a acusação e a defesa, tudo permeado por uma verdadeira guerra de nervos. A pressão foi tamanha que em certo momento, parecia que resolveriam no braço. A veracidade e envolvimentos foram tamanhos que a assembléia nitidamente se dividiu e cada qual defendia ardorosamente seus argumentos.

Contudo, o mais marcante e o que certamente chamou positivamente a atenção de todos os adultos presentes, foi o alto nível do debate promovido pelos alunos. Argumentos apaixonados e baseados em uma pesquisa séria. Um verdadeiro show.

Exalto a coragem de encarar um assunto tão polêmico, que faz parte do nosso cotidiano, revelando os medos e as falácias que giram em torno das cotas. O nível alcançado no debate foi elevado, digno de especialistas e olha que já participei de outros vários fóruns.

Noutro momento foi realizado um “bate papo” com os alunos sobre: preconceito, discriminação, açoes afirmativas, movimento negro, coordenado pela professora-doutoranda em Psicologa Social, Sheila Miranda e Marco Antonio, militante do movimento negro. 

Independentemente do resultado prolatado pelo conselho de sentença, devemos sempre incentivar e apoiar o protoganismo juvenil, propiciando o surgimento de novos líderes e cidadãos mais conscientes e sobretudo engajados na promoção de uma sociedade que saiba conviver harmonicamente com as diversidades.

Surpreendente o desfecho final, quando ao término dos trabalhos, com os ânimos arrefecidos, os representantes de cada um dos lados, Flávia e Felipe, comprometeram-se em lutar juntos por uma educação de qualidade para todos, promovendo assim oportunidades iguais para um maior números de pessoas.

A grande lição que este brilhantes adolescentes nos deixam é que: não devemos empurrar qualquer discussão para baixo do tapete, ainda que os assuntos sejam extremamente espinhosos e possa provocar um pequeno desconforto em alguns.
Alunos (debatedores), Caio, Vilmara Rodrigues, Sheila Miranda e Marco Antonio

"promotores": Felipe, Lucas, Naraiana, Gustavo e Jadir
"advogadas de defesa": Flávia, Amanda, Luísa, Carolina e Ana Amélia

PARABÉNS alunos, professores e a direção da Escola de Aplicação da UNIPAC, extensivo aos pais de cada um destes alunos, pela excelente educação que proporcionam aos seus. E obrigado pela experiência!!!


quarta-feira, 25 de maio de 2011

As principais ações afirmativas

Fonte: www.palmares.gov.br/?page_id=121
2003. Criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), com status ministerial e do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial – CNPIR (Lei 10.678).
2003. Instituição da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Decreto 4.886).
2003. Regulamentação do procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos (Decreto n. 4.887).
2003. Inclusão do estudo da história e da cultura afro-brasileira no currículo do ensino básico (Lei 10.639).
2003. Criação do Fórum Intergovernamental de Promoção da Igualdade Racial – FIPIR.
2004. Lançamento do Programa Brasil Quilombola.
2005. Realização da 1ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial.
2005. Criação do Programa de Combate ao Racismo Institucional .
2006. Aprovação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.
2007. Instituição da Agenda Social Quilombola (Decreto 6.261).
2009. Aprovação do Estatuto da Igualdade Racial na Câmara dos Deputados.
2009. Criação do Programa de Bolsas de Iniciação Científica para alunos cotistas das IES.
2009. Lançamento do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial.
2009. Realização da 2ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial.
2001-2009. Implantação de programas de ações afirmativas para estudantes negros em 40 universidades públicas brasileiras.
2003-2010. 1. 573 comunidades quilombolas certificadas; 93 comunidades tituladas; e 996 processos de regularização fundiária em curso (Decreto 4.887).

terça-feira, 24 de maio de 2011

AÇÃO AFIRMATIVA

Fonte: www.palmares.gov.br/?page_id=121

Dando continuidade ao nosso propósito de facilitar o entendimento das temáticas que envolvem os avanços em prol da promoção da igualdade racial, hoje abordamos as ações afirmativas. Assunto que pretendemos enfatizar na "Semana da UEMG em Barbacena", onde estaremos em uma mesa redonda, buscando absorver o conhecimento direto da fonte, já estaremos ladeado por mentes privilegiadas.

Por Ação Afirmativa entende-se o conjunto de políticas públicas adotadas com o objetivo de promover a ascensão de grupos socialmente minoritários, sejam eles étnico-culturais, sexuais ou portadores de necessidades especiais. Em síntese, a ação afirmativa tem como objetivo combater as desigualdades sociais resultantes de processos de discriminação negativa, dirigida a setores vulneráveis e desprivilegiados da sociedade.

Tais políticas têm como marco histórico a sua institucionalização no sistema educacional estadunidense a partir da década de 60. À época, estas políticas visavam o ingresso da população negra nos centros universitários de excelência dos Estados Unidos da América.

No caso do Brasil, a Conferência de Durban, como ficou conhecida a Conferência mundial contra racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata, ocorrida em Durban, na África do Sul, em 2001, abriu caminho para o que antes da sua realização parecia impensável: o início do processo de discussão e implementação de políticas de ação afirmativa no País.

A Conferência foi também um dos balizadores para a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, em 2003. A partir daí, diversas medidas de ação afirmativa foram implementadas com o intuito de reparar a histórica desigualdade racial que persiste na sociedade brasileira.

sábado, 14 de maio de 2011

Negritudiando

Negritudiando é um neologismo, usufruindo aqui de uma permissão de nossa lingua portuguesa, que abre espaço para a criação de novas palavras. Não tenho e inteção de figurar entre os entendidos da gramática, porém, você já deve ter se deparado com alguma situação tão mágica, que não tem palavras para definir e mesmo que diga tudo, fica com a nítida sensação de não ter dito nada, aquele imenso vazio.
Negritudiando é uma expressão para definir negro protagonizando, andando, cantando, agindo, sentindo ou simplesmente se deixando levar pela emoção mais sincera e sublime.

Ontem sexta-feira 13, dia emblemático por inúmeras crentices/supertições, especialmente data marcante para a comunidade negra, por se tratar do dia da pseudo abolição; fomos brindados com a presença do grupo fundo de quintal.

Para uns pode parecer um exagero esta deferência tão acalorada e respeitosa aos 'meninos' do cacique de ramos, mas, muitas de nossas reuniões garimpando um pouco de entendimento acerca das questões que envolvem a negritude, tivera e tem como pano de fundo a doce melodia deles.

Tietagem e admiração, uso aqui os verso da diva Leci Brandão para exemplificar o que tento dizer:
"O que é isso meu amor. Venha me dizer. Isto é fundo de quintal. É pagode pra valer.
E lá vem o Sereno trazendo um recado do Ubirany. Vem contando pra gente Bira presidente vai chegar aqui"

Aplausos e agradecimentos eternos: Ademir Batera, Flavinho, Ronaldinho, Sereno, Bira Presidente e Ubirany e todos aqueles que já passaram pelo grupo.

Um chamego especial a Wanda Lúcia, empresária e barbacenence; e ao amigo Sereno, ausência percebida, nossos sentimentos neste momento de dor e também  aos fã de carteirinha "Professor Barão", que viabilizou a realização deste sonho.


Outros ardorosos fãs .... tietagem puríssima


















Finalizando com a simpatia do Senhor "Bira Presidente"




sexta-feira, 13 de maio de 2011

13 de Maio – Dia de reflexão para os afro-brasileiros em todo o País

Fotomontagem: Daiane Souza/FCP

Por Joceline Gomes e Suzana Varjão*

Celebrado nacionalmente, o 13 de maio é uma data controversa do calendário de lutas do movimento negro brasileiro. O dia marca a assinatura da Lei Áurea, que determinou a libertação de todos os escravizados no País. Mas é comemorado com reservas, por não contemplar o protagonismo dos negros e das negras durante o processo que culminou na abolição formal da escravatura.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Entendo discriminação racial

Fonte: Estatuto da Igualdade Racial

discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Nivelando por cima

O sonho de criar este espaço é antigo, todavia, sempre esbarramos na falta de tempo e outras justificativas mais. Não temos a pretensão de esgotarmos os assuntos afeitos à comunidade negra, mas tão somente, fomentar uma discussão acerca dos avanços e conquistas em prol da igualdade.

Cabe aqui um agradecimento especial para aqueles que acreditaram na possibilidade de concretização deste sonho e nos instigaram com inúmeros emails, dando sugestões e deixando uma palavra de incentivo e força.

Inicialmente vamos trazer fragmentos do Estatuto da Igualdade Racial - Lei 12. 288 de 20 de julho de 2010, suas considerações e suas diretrizes, tentando tirá-lo do papel e fazendo-o ficar mais conhecido, para que não seja só mais uma, das inúmeras leis, que nunca saíram do papel em nosso País.

O Estatuto da Igualdade Racial é uma lei destinada a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica.


sábado, 7 de maio de 2011

Livro reúne textos sobre temática negra e analisa a sociedade brasileira

Por Denise Porfírio

Com o objetivo de chamar a atenção da sociedade brasileira para as formas de preconceito e discriminação e seus efeitos sobre as relações políticas e sociais, Sueli Carneiro, filósofa e fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra, produziu Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. A obra traz uma abordagem crítica dos comportamentos humanos e propõe alternativas de superação da intolerância ao outro.

Para ler as primeiras páginas do livro, acesse o endereço:

Mãe, um presente de Deus

 
Para completar o homem Deus a fez mulher,

Mas para participar do milagre da vida, Deus a fez mãe.

Para liderar uma casa Deus a fez mulher,

Mas para edificar um lar Deus a fez mãe.

Para estudar, trabalhar e competir Deus a fez mulher,

Mas para guiar a criança insegura Deus a fez mãe.

Para os desafios da sociedade Deus a fez mulher,

Mas para o amor verdadeiro, o amor puro, Deus a fez mãe.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Barbacena no Seminário Regional “Educação Infantil e Diversidade Étnico-Racial”

Atendendo ao convite do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade – CEERT, o Conselho Municipal de Promoção de Igualdade Racial de Barbacena – CMPIR, representado pelo conselheiro Nivaldo Paulino Teodoro, presidente do Movimento Social Negro Brasil – CAFA; por Edson do Instituo 1º Quilombo; e por Marco Antonio Soares da Costa, do Departamento Jurídico do CAFA, estiveram presentes no Seminário Regional “Educação Infantil e Diversidade Étnico-Racial”.

O seminário aconteceu nas dependências da Faculdade de Educação da UFMG, em Belo Horizonte, organizado pelo CEERT, Universidade Federal de São Carlos, Ministério da Educação e Governo Federal. A presença dos ativistas sociais de Barbacena deu-se em prosseguimento às atividades de implantação do Centro Cultural Casa de África em Barbacena.

A finalidade do Seminário foi reunir professores, gestores, pesquisadores e ativistas sociais interessados em debates, análises e experiências relacionadas com a valorização da diversidade étnico-racial na educação infantil e na formação da rede nacional para a educação infantil. Participaram das mesas de debates figuras de destaque na educação e militância do cenário nacional.

O evento reuniu 320 profissionais em torno da Formação da Rede Nacional para a Igualdade Étnico-Racial na Educação Infantil e elaboração do Plano Nacional e Valorização da Diversidade Étnico-Racial na Educação Infantil, que já se encontra disponível para consulta pública no endereço www.ceert.org.br .
 

quinta-feira, 31 de março de 2011

As Flores mais preciosas de Barbacena

Aconteceu na Câmara Municipal na noite do 25, sessão solene alusiva ao Dia Internacional da Mulher. No evento cada um dos vereadores indicou uma personalidade feminina para ser homenageada.

A oradora de honra foi a Professora Áurea Luíza Campos de Vasconcelos Grossi, que entregou um buquê de rosas à prefeita, como forma de reconhecimento do povo de Barbacena. Foram homenageadas Maria das Graças do Nascimento (Alaôr Leite), Maria das Graças Coelho Cliveira (Amarílio), Conceição Maria do Carmo Tutuca (Kikito), Vera Lucia Alevato Saad (Eduardo Saad), Natividad Sand Coutinho de Freitas (Flávio Barsosa), Jandira Joana Miranda (João Batista Rosa), Helly Dani Dias (Gonzaga), Maria Aparecida de Araújo Vaselicio Lukinha (Ronaldo Braga), Eliza Maria Firmino (João da Semente) e Maria de Lourdes da Silva (José Jorge Emídio).

Oportuna lembrança, ainda mais, tendo: Dilma Roussef no comando da República e Danuza Bias Fortes na Prefeitura.

Parabéns a todas as mulheres, em especial, às "pérolas negras": Lukinha, Eliza e Tutuca, que representaram as milhares de guerreiras negras de nossa cidade. E às nossas: Teresas, Fernandas, Suelis e .....